A partir do dia 14 de março, quem for viajar de avião pelo Brasil terá de pagar pelo transporte de bagagens, além do valor já pago pela passagem. Esta é a cobrança que será aplicada assim que vigorar a nova norma imposta pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A nova lei suspenderá a franquia de bagagem gratuita, que dava direito de transportar até 23 kg por passageiros em voos nacionais. Segundo a Anac, este atualização é uma forma de tornar os padrões das viagens áreas mais próximas do que é praticado fora do Brasil, já que a própria agência garante que apenas Venezuela, Rússia e México também permitem que o passageiro transporte pelo menos uma mala sem cobrar.
Com a mudança, somente as bagagens de mão, que são aquelas levadas junto com o passageiro dentro da aeronave, não terão custo adicional. Além disso, o limite de peso para esse tipo de mala passa para 10 quilos. Quando for preciso transportar malas e bagagens, o preço final da passagem aérea ficará mais caro. Essa é um dos pontos negativos que um dos presidentes de uma conhecida companhia área vê perante a mudança. Porém, ele torce para o consumidor não comparar o preço antes e depois da regra e sim confrontar os valores com o do concorrente no dia em que quiser viajar. Sem contar que o preço da passagem pode variar conforme procura, data da viagem e câmbio.
Enquanto a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) acredita que a permissão da Anac para cobrança de bagagem pelas companhias aéreas irá deixar as passagens mais baratas, as próprias companhias áreas pensam diferentes. Para a Abear, o valor das malas as quais os passageiros têm direito de levar está embutido nos preços dos bilhetes, ou seja, a cobrança já existe e por tese, com a nova norma, deveria ser descontado. Porém, as companhias defendem que não haverá redução no preço das passagens.